termo “cultura organizacional” parece coisa de sociólogo, distante demais do imediatismo das metas de uma empresa, mas isso é apenas impressão. Sem uma sólida construção de cultura, nenhum negócio chega no seu ápice.
O conceito de cultura organizacional é relativamente novo, mas os elementos que compõem uma cultura são velhos conhecidos de todos os gestores. Mas a novidade mesmo está na compreensão de que “empresas têm uma cultura”.
Não entendeu? Eu explico.
Cultura, segundo os humanistas, é uma espécie de mapa do modo de vida de uma sociedade ou mesmo de um grupo menor, como uma família, por exemplo. Quem compreende esse mapa sabe exatamente como se comportar, como se relacionar, os conhecimentos que precisa dominar, o quê e como comer e beber, sabem inclusive no que devem acreditar e como devem pensar a sua própria vida.
Culturas diferentes significam modos de vida diferentes com suas crenças, costumes, comportamentos, linguagem... e as pessoas são moldadas para conseguirem usar cada um desses mapas, se guiando por eles dentro de cada sistema cultural.
Ora, quando você chega em uma empresa e percebe como as pessoas se comportam, no que elas acreditam, como elas cumprem suas tarefas, no que elas conversam umas com as outras, como falam sobre o trabalho, e até como elas se veem como profissional dentro daquele sistema, você está diante de uma cultura organizacional.
A pergunta é:
A cultura da sua empresa tem ajudado ou prejudicado os resultados que você espera?
Para você, gestor, empresário, empreendedor, consultor, pensar um pouco, trouxe três aspectos importantes sobre cultura organizacional.
1. O comportamento dos donos/fundadores/presidente e líderes influencia a cultura
Cultura não é algo imposto, não se trata de apenas de um conjunto de regras – embora seja importante existir normativas que regulem o comportamento na empresa, claro. Cultura é hábito, crença, e tudo isso se copia muito mais do que se impõe. Ou seja, é provável que as pessoas sigam um determinado padrão de comportamento copiando seus líderes que simplesmente sendo cobrado por eles a seguir um manual.
Se os próprios líderes, principalmente os fundadores, não se comportam da forma como exigem que os colaboradores se comportem, não acreditam nas coisas que querem que seus colaboradores acreditem, essa cultura jamais se estabelecerá de forma orgânica.
2. Busque um foco para sua cultura organizacional
Ter um foco para a construção da cultura ajuda muito, esse foco pode ser as pessoas, os processos, a meta, a inovação, e até mesmo a competitividade. Não existe cultura certa e cultura errada, existe a cultura que está funcionando e a que não está.
Nem toda empresa vai funcionar permitindo horários flexíveis, colocando sala de jogos para serem usadas em qualquer momento e deixando levar o cachorro para o escritório.
É importante não copiar modelos antes de pensar na essência da sua empresa, partindo sempre da verdade que existe na própria história de cada organização.
3. Construa senso de grupo
Quando uma empresa trabalha com senso de grupo a cultura se constrói e se solidifica de forma mais rápida e eficiente. Isso significa dizer que quanto mais a empresa se enxergar como um organismo interdependente, em que a entrega de um departamento influencia a entrega do outro que, por conseguinte, influencia na meta global, mais uniformizados estarão os costumes, crenças e comportamentos.
Quando a cultura está muito baseada nos talentos individuais o tempo para construção de uma cultura organizacional mais clara e homogênea torna-se maior e um pouco mais trabalhoso.
Se você precisa de uma ajuda no diagnóstico e condução da cultura da sua empresa, sabe que pode contar comigo, será um prazer ser sua consultora ou mentora.