e você não conhece as COP’s, vou te explicar brevemente. As Conferências das Partes (COPs) são uma série de encontros internacionais realizados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. E tudo começou onde? No Brasil, durante a Cúpula da Terra de 1992, também conhecida como Rio-92, realizada no Rio de Janeiro.
As COPs cumprem o papel de fomentar acordos entre os signatários em busca de resolver as questões climáticas que já enfrentamos e evitar que o problema se agrave ainda mais. Por isso, existe uma espécie de tratado internacional para enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais, reconhecendo que o aquecimento global é causado principalmente pela atividade humana e que medidas coordenadas e cooperativas são necessárias para mitigar seus efeitos.
Após instituída no Brasil, em 92, a primeira Conferência das Partes (COP-1) ocorreu em 1995, em Berlim, Alemanha. Desde então, as COPs têm sido realizadas anualmente, proporcionando discussões e fóruns para que os países signatários se reúnam, discutam, negociem e tomem decisões sobre questões relacionadas às mudanças climáticas.
O objetivo das COPs é monitorar o progresso na implementação da UNFCCC, discutir medidas de mitigação e adaptação, estabelecer metas de redução de emissões, compartilhar melhores práticas e promover a cooperação internacional para enfrentar as mudanças climáticas. Além das reuniões principais (COPs), também ocorrem reuniões subsidiárias e grupos de trabalho técnicos para discutir questões específicas em detalhes.
As COPs também têm sido marcadas por eventos significativos, como a assinatura do Protocolo de Kyoto na COP-3 (1997) e a adoção do Acordo de Paris na COP-21 (2015). O Acordo de Paris, em particular, é um marco crucial, pois estabelece metas globais para limitar o aumento da temperatura média global e incentiva ações de mitigação e adaptação por parte de todos os países.
A COP em Belém e o papel estratégico das empresas brasileiras
A instituição da COP-30 em Belém é uma prova de como a comunidade internacional enxerga a posição estratégica do Brasil, sobretudo da região norte do país, que abraça a região amazônica. Essa visibilidade tem um lado excelente e um lado preocupante.
O lado excelente da COP-30 em Belém-PA, é trazer os olhos do mundo para nossa região – por consequência nosso povo, nossa cultura, nossas empresas. É uma forma de angariar investimentos internacionais e movimentar também a opinião pública, interna, para nossas necessidades e conflitos.
O lado preocupante é observar o quanto o desmatamento avançou nos últimos anos, assim como o garimpo ilegal e outras mazelas ligadas à exploração indevida dos recursos naturais e da população da floresta, e, principalmente, observar que mesmo tendo centenas de empreendimentos sustentáveis tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista social, nossas grandes empresas ainda apresentam resistência em se adaptar a modelos de negócios mais verdes.
Observando tudo isso, tem avançado na nossa consultoria e nas demais do país, implantações de políticas de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, que em português significa sustentabilidade, responsabilidade social e governança).
Precisamos fazer bonito! Precisamos mostrar que estamos preparados... mas estamos realmente preparados?
Além da minha experiência de campo e de todos esses anos atendendo clientes nas mais diversas realidades – até praticamente dentro da floresta! – tenho estudado profundamente cada um desses temas, porque estudo e preparo nunca é demais.
Meu campo e principalmente a Governança, porque de gestão e processos, eu entendo muitíssimo, mas também tenho um conjunto grande de experiências muito positivas de estratégias para implementação de processos de sustentabilidade e impacto social.
No fim, não podemos perder o bonde da história, porque ele está passando na nossa terra! Estamos prontos para entrar a bordo. Quer vir junto?
Vamos fazer história em Belém, e eu, como especialista, quero ajudar você a também participar dessa festa.